domingo, 28 de janeiro de 2007

Identificação dos post's

Como pretendo fazer postagens diárias e sobre assuntos relacionados aos temas deste blog - liberdade de pensamento, humanismo (filosofias ou relfexões) e artes, resolvi identificar os post's por categoria, para organizá-los melhor e, assim, facilitar a busca do post na lista de "arquivamento". Na frente do título de cada post passarei a adicionar uma letra entre colchetes, assim:
[A] :: artes ,
[H] :: humanidades - antropologia, espiritualidade, filosofia, história, política, sociologia etc.,
[D] :: ditos ou provérbios,
[P] :: provocações, inquirições; propostas de debates; (o macaquinho pensador tb será um indicador),
[O] :: outros - como esclarecimentos meus, publicações de sugestões relevantes para este espaço etc.

Sugestões sobre outras formas possíveis de organização serão bem vindas. Thk's.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Quino.

J oaquín Salvador Lavado, ou Quino, foi um dos maiores humoristas gráficos da Argentina. É autor de "Mafalda", uma personagem de 7 anos de idade que o italiano Umberto Eco define como sendo uma “heroína iracunda que rejeita o mundo assim como ele é [...] reivindicando o seu direito de continuar sendo uma menina que não quer se responsabilizar por um universo adulterado pelos pais”. O período de produção de Mafalda foi entre 1964 a 1973 e este foi apenas um dos trabalhos de Quino. Acima, temos um exemplo. Espero que gostem.

(para visualizar melhor a charge dê um (duplo) clique sobre a imagem e, se for o i-e, abrirá uma nova janela; para voltar à página do blog é só usar as setas de navegação, ok? [ ]'s.)

:: fonte: www.mafalda.net.

"Mafalda", de Quino.



P essoal, para visualizar melhor as charges da Mafalda dê um (duplo) clique sobre cada imagem e, se for o i-explorer, abrirá uma nova janela; para voltar à página do blog é só usar as setas de navegação, ok? Espero que gostem. . .
[ ]'s

:: fonte: www.mafalda.net.

E, "falar de amor, não é amar"!



Atentem para a letra desta música, cantada pelo vocal inconfundível de Dinho Ouro Preto:



Eu segui os seus passos
Achando que você
Soubesse onde ir

Eu me vi em seus sonhos
Perdido, sem saber
Que direção seguir

Mundos tão estranhos
Nas palavras que eu ouvi
No fundo dos seus olhos
Afogado em gelo
Eu descobri

Falar de amor não é amar
Não é querer ninguém
Falar de amor
Não é amar alguém

Eu caí em pedaços
Um grão de areia carregado
Por marés

Derreti em seus lábios
Sentindo o chão sumir
Embaixo dos meus pés

Dias esquecidos
No verão que eu inventei
Eu sei que você vive
Das mentiras que eu acreditei

O nome desta canção é "falar de amor, não é amar". Uma vez que é tão comum o nosso falar ser diferente do nosso pensar ou sentir, ou ainda, vermo-nos incapazes com o tempo de sustentar o que antes era uma certeza, como poderíamos entender a tal "hipocrisia"? Seria realmente um "vício de caráter" ou uma limitação da condição humana??? Comentem aí!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Tecelagem e Magia...



C onta-se que em Pirenópolis, interior de Goiás,

há um grupo muito especial de tecelões.

Através de magia própria, transmutam extensões sem fim

de fibras entrelaçadas em representações palpáveis

das infinitas e multicolores vibrações da alma humana.



:: ficou impressionado? Visite: http://tecerartezen.blogspot.com
A liberdade é um bem tão apreciado que cada qual quer ser dono até da alheia.
Montesquieu


Sant´Ana, a virgem e o menino (1508-1510) : um pouco de Da Vinci.

Ele acordou muito cedo, enquanto todos dormiam.
Sigmund Freud.

"Apesar de não ser seu trabalho mais famoso, esta seria a obra predileta do autor, que foi original em sua composição. A simplicidade das figuras ganha riqueza com a fluência dos movimentos: a cabeça de Sant'Ana se inclina para frente, o menino Jesus olha para trás, o cordeiro se debate. É também um belo exemplo da técnica de sfumato utilizada pelo artista, na qual a transição de um tom para outro é suave, 'sem linhas ou limites, à maneira da fumaça', como diria o próprio Leonardo Da Vinci.
Há ainda um caráter intimista, raro em suas obras. Pode-se dizer que é um estudo psicológico, pois poucas vezes o amor materno foi mostrado de maneira tão sutil e convincente. Da Vinci foi abandonado pela mãe - uma componesa chamanda Caterine - e ficou sob os cuidados do pai, um rico proprietário rural, que não reconhecera o filho bastardo.
Mesmo tendo recebido o auxílio paterno, nunca pôde usar o sobrenome da família."

:: mais informações: http://www.louvre.fr

XXXIII

Pobres das flores nos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia. . .
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
E têm o mesmo sorriso antigo
Que tiveram à solta para o primeiro olhar do primeiro homem
Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente
Para ver se elas falavam. . .

Fernando Pessoa, in Poemas Completos de Alberto Caeiro.

(neo)liberalismo e democracia : uma crítica breve.

Ao buscar as razões pelas quais o capitalismo se consolidara no ocidente como sistema econômico, Max Weber aponta para a ética (ou o ethos) protestante como a mais relevante ou decisiva condição cultural para que as tendências ao investimento e a acumulação se tornassem uma atividade institucionalizada, metódica, racionalizada e diversificada, com vistas ao futuro. É que Weber havia identificado uma coerência estrutural suficiente entre o fenômeno religioso do protestantismo e um modus econômico - o capitalismo. Um outro estudo metodologicamente semelhante deste mesmo pensador foi sobre a evolução do processo burocrático - como forma de racionalização de meios de administração (da gerência de rebanhos e artesanatos, às complexas ferramentas SAP contemporâneas) - ao desenvolvimento do estado patrimonialista; também uma análise histórica.
Se seguirmos este viés de análise, acreditamos poder identificar uma grande afinidade entre os valores da democracia contemporânea e os princípios históricos do liberalismo econômico (discursos, ambos): auto-determinação, liberdade de iniciativa, igualdade, direito à propriedade etc. - ver CF. art.1 ao 5º, p.e.. esta coerência pode muito bem ter sido forjada "conscientemente" pelas elites político-econômicas ou, talvez, democracia e (neo)liberalismo (leia-se capitalismo) sejam, hoje, uma mesma coisa. Mas em que isto nos importa? Acredito que se entendermos que o regime democrático atual de modo algum se sustenta sem sua contrapartida econômica podemos também desconstruir o discurso dominante na geo-política dos conflitos internacionais atuais, onde potências ocidentais apresentam o regime democrático como uma panacéia capaz de resolver todos os males sociais e tornar os indivíduos libertos das guarras de governos totalitários. "Liberdade" e "auto-determinação política" são os pontos chaves deste discurso que, se alcança êxito quando posto em prática, constrói, para os "donos do poder", no mínimo, mais um mercado consumidor.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
Aristóteles

Goethe : uma boa leitura...

J. W. von Goethe foi o maior romancista da lingua alemã; é autor do Werther e de Fausto, poema trágico que narra a história de um homem comum que vendeu a alma ao diabo - na verdade, esta obra pode ser vista como uma metáfora da modernidade, dizem alguns críticos.
Mas quero falar mesmo de outra obra de Goethe, seu romance preferido: As afinidades eletivas. Neste, o autor busca aplicar a então bem conhecida lei de afinidades entre elementos químicos ao universo das relações humanas. Charlote e Eduardo vêem seu casamento - antes estável e promissor - seriamente comprometido pela chegada de dois antigos amigos: o Capitão e Otília. Seg. a Química, a ligação existente entre dois elementos pode ser rompida caso um terceiro e um quarto elemento se aproximem e apresentem maior afinidade cada qual com um dos dois outros, havendo uma necessária recombinação, sendo uma lei natural isto. E Goethe ilustra muito bem este mecanismo agindo sobre as relações sociais.

Ética !?! Q ética???...


Volta-e-meia pronunciamos esta palavrinha, principalmente quando nos sentimos "sacaneados"... mas será que conseguimos ter clareza sobre o que ela significa atualmente ou para nós, no dia-a-dia? E aí?, o quê é "ética"?, o quê é ser "ético"???